No
livro A Cópia, Ansel Adams também fala sobre o processo de ampliação. O autor ensina os procedimentos necessários como preparo
de equipamento, químicos, entre outros processos.
Antes
de tudo, é preciso que o laboratório esteja preparado para isso, com
equipamentos limpos e em ordem, além de reunir o necessário para preparar as
soluções da revelação. É importante verificar se os filtros das luzes de
segurança são adequados ao tipo de papel fotográfico a ser revelado (nesse
caso, filtros vermelhos podem ser utilizados) e se o timer e outros materiais
estejam prontos, além das bandejas com os químicos já preparados na proporção e
temperatura corretas. O ampliador deve estar alinhado e limpo e todos os pontos
de luz devem estar fechados.
Colocamos
uma folha de papel no marginador para fazer o foco, com as luzes de segurança
acesas, acendemos a luz do ampliador para ajeitar o papel antes de utilizar o
papel fotográfico. Em seguida, para fazer o teste de queima do papel, podemos
usar objetos opacos, translúcidos ou natureza morta e criar a composição em
cima do papel. Assim que forem dispostos, regula-se o foco na abertura máxima,
liga-se o timer e dispara-se o flash, queimando o papel apenas nas partes em
que os objetos não o tapam. Para testes básicos, utiliza-se o tempo de 5 ou 10
segundos. Após o disparo, são retirados os objetos de cima do papel e o
encaminha para o processo de revelação.
O
processo de revelação precisa de 3 químicos dispostos cada um em uma bandeja.
Na primeira bandeja, a do revelador, usamos uma solução de Dektol –um revelador
à base de metol e hidroquinona – na proporção 1:2 ou 1:3, o suficiente para
cobrir o papel completamente. Preparada a bandeja, o papel é submerso de
preferência com o lado da emulsão sempre virado para baixo e a bandeja sacudida
ininterruptamente por um minuto e meio. Quando utilizados mais de um papel na dentro
das bandejas de químicos, é preferível que se coloque o próximo sempre abaixo
dos outros, para não haver problemas quanto o tempo.
Feito
o processo do revelador, é importante que em seguida se coloque o papel na
bandeja do interruptor, que é preparado com ácido acético a 28% (a solução
estoque) misturado na proporção de 48cm³ de solução estoque por litro de água.
O banho interruptor deve estar perfeitamente equilibrado. Uma solução muito
forte causa bolhas de emulsão. Não é aconselhável deixar o papel submerso no
interruptor por mais do que 30 segundos, pois uma mancha colorida do verso pode
aparecer. É importante lembrar de continuar agitando sem parar durante todo o
tempo.
Na
troca de uma bandeja para outra, é necessário sempre ter o cuidado com o
manuseio das pinças que vão pegar o papel para que não sejam trocadas (uma
pinça deve ser atribuída para cada bandeja e as mesmas devem permanecer ao lado
destas) e para que não acabem sendo mergulhadas por descuido em outra bandeja
na hora de largar o papel.
O
último processo químico de revelação é o fixador, que tem como função eliminar
os haletos de prata da emulsão e fixar a imagem. Se o fixador for novo, o
processo deve durar 5 minutos, se não, é feito em 10 minutos, com agitação
constante. Ao fim de cada processo, é importante que se deixe escorrer pelo
menos um pouco do químico antes de passar para a próxima bandeja.
Por
fim, a imersão em água corrente filtrada em um tanque apropriado para a lavagem
dos químicos, onde o papel fica submerso por aproximadamente 10 minutos. A
secagem do papel pode ser feita naturalmente, deixando as folhas dispostas em
pé em uma bandeja ou superfície limpa e seca, pode ser utilizada uma toalha e
fazer a secagem manualmente, com delicadeza para não ferir o lado da emulsão
ou, também, optar por uso de secadores.
Fonte: A Cópia, de Ansel Adams